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Textos


Em alguns blogs presentes na internet , existem textos bem objetivos que escrevi , não são textos longos , pois prezo pela objetividade em todos os aspectos , gosto da simplicidade da escrita e das palavras redigidas com o coração , sonhadora ? Quem sabe ...
*Reflexão : Todos os poemas descritos neste espaço são de minha autoria .
*Adolescer: Texto : Adolescer é assim...
* Águia Dourada : Texto : sobre saúde e bem estar.
* Um toque de qualidade : Texto : O construtivismo no dia á dia
*Sem fronteiras : Texto : Começo aqui a retroceder ao passado/Qual a linguagem do envelhecer ? /Dando continuidade aos questionamentos dos castelos e fronteiras/Mãe, pai,vó,vô , não tenho tempo !!!

Integra do texto Humanização do Atendimento e o Profissional de Saúde
Humanização do Atendimento do Profissional de Saúde
É preciso insistir neste tema ,pois em todas as situações de internações e atendimento ambulatorial os ¨pacientes ¨ que ali se encontram são nada mais nada menos que seres humanos que estam limitados em alguma de suas funções e dependentes do auxílio de outros,neste caso profissionais de saúde.
Percebo que os atendimentos em internação são regidos por números ,por tempo e por estatísticas que são apresentadas e computadas nas instituições mensalmente.Vou me ater um pouco aos pacientes de baixa renda que são vistos como números de mostragem ao SUS ,índices estes que devem ser alcançados independentes do sofrimento dos que ali se encontram.Não tento condições necessárias para um acompanhamento correto se submetem ao atendimento por vezes disumano a que são submetidos.
Mas ai vem uma questão , mais complexa e que me causa interrogações,onde ficam nos profissionais de hoje da área de saúde : o comprometimento assistencial integro . Percebo o descaso destes profissionais com os menos favorecidos , coloco aqui 70% destes e me questiono o que se perdeu neste caminho.
A questão salarial é muito usada,a falta de funcionalidade das instituições ,a falta de estrutura, etc... Mais nunca é questionado entre nós profissionais de saúde a falta de comprometimento com a vida e muito menos com a morte.
Devemos tentar recuperar nossa criatividade acadêmica,nossa vontade de correr , descobrir,produzir,precisamos resgatar o desejo de ser,o desejo do ser.
Parece que quando conquistamos os objetivos alcançados , relaxamos , ou seja, vamos apenas complementando e não aperfeiçoando, chegamos á um grau de perda da realidade que fazemos todo trabalho como rôbos ,de forma automática e sem compromisso com o outro.
Devemos unir cumplicidade,aperfeiçoamento,com a criação , com busca,com alternativas,devemos estar comprometidos até o fim
Precisamos resgatar em nós e insisto nisto ( comprometimento ) ,devemos resgatar o profissional e a profissão que começou conosco ,devemos manter um caminho.
Existem muitos caminhos , bifurcações,devemos parar e repensar ,sei que o tempo e a acomodação nos fazem escolher caminhos mais curtos,mais retos,com atalhos até , mais é neste ponto que devemos ter atenção ,é ai que nos perdemos e somos engolidos pelo sistema.
Podemos até fazer parte deste sistema , temos que fazer , mas devemos continuar fazendo curvas nos caminhos,caminhar com exaustão,conhecer atalhos diferentes aí resgataremos o início, conseguiremos perceber a qualidade, estaremos atentos ao caminho,estaremos em exercício constante e olhando com atenção para os lados e comprometidos com cada passo que daremos,comprometidos com o social , com o assistencial,atentos ao CONJUNTO ,é isso!Só assim estaremos dando saúde e bem estar aos que precisam de nossa sabedoria,que não é nossa , nos foi cedida para que pudessemos através dela presentear o outro com o melhor que existe em nós .VAMOS BUSCAR CAMINHOS DIFERENTES!!!
Sílvia Regina


Integra do texto Pais e ou educadores ; MITOS E VERDADES

Pais e ou / educadores: Mitos e Verdades

Nós crescemos e esquecemos o que fomos o que fizemos em nossa infância, em nossa adolescência e em nossa juventude.
Na verdade não esquecemos, guardamos em nossa memória, resgatamos em nossos pensamentos e às vezes em uma roda de amigos discursamos nossas travessuras.
Mas quando assumimos a condição de educar como (pais e /ou educadores) inventamos uma imagem, ou melhor, criamos um personagem no qual passamos á acreditar, apagamos quem somos de fato, afinal temos uma imagem á zelar.
Pensamos que impor respeito, pensamos em impor limites, pensamos e deixamos que este personagem guie toda a educação de nossos filhos e educandos.
Esquecemos que educar é penetrar pelo mundo do outro,... ¨que o melhor educador não é o que controla, mais o que liberta, não é o que aponta os erros, mas o que os previne, não é o que corrige comportamentos, mas o que ensina a refletir , este abraça quando todos rejeitam , animam quando todos condenam... ¨
Somos claramente controlados pelo medo de falhar, e falhamos, e aí o que fazemos? Retrocedemos, nos omitimos, e com isso transmitimos: insegurança e medo.
A vida em si é um contrato de risco, esta claro que a tecnologia: computador, internet ajudam e muito no desenvolvimento de algumas áreas da inteligência, mas o mesmo não critica, não rejeita, não pressiona, não provoca ansiedade ou frustrações, ou seja, NÃO ESTIMULA o contato interpessoal.
Mas da mesma forma que a tecnologia não estimula esta relação, pais e /ou educadores que agem sempre da mesma forma, com o mesmo tom de voz, sempre com as mesmas críticas podem ser substituídos por um computador com facilidade.
E aí me vem algumas reflexões tais como: Quantos pais ferem seus filhos quando estes
erram?Quantos pais punem do mesmo modo que foram punidos quando jovens?
SÃO ESCRAVOS DO PASSADO. Per cebo o quanto é difícil ter atitudes diferentes,comportamentos inusitados, fazer diferente do que esta em nosso manual, somos manuais e sem atualização , lamentável.Temos atitudes de momento, falas de momentos , atitudes de momentos , e é por esta impulsividade que construímos arquivos em nossa memória que nos bloqueiam para sempre.¨Quem não tem paciência para educar, pode estar preparado para trabalhar com máquinas , mas não com pessoas ¨. (Augusto Curry)
Por isso temos que estar atentos enquanto pais /educadores, pois estamos criando pessoas falsamente sociáveis, pois no mesmo momento que estes têm atos de gentileza, em outro, quando ameaçadas ou pressionadas , explodem de forma agressiva, precisamos de uma educação que gere prazer, verdadeira, e esta deve ser iniciada nos primeiros anos de vida, devemos elogiar, agradecer, estimular, precisamos romper esta estrutura de querer que o mundo gire em prol de nosso umbigo, precisamos aprender a respeitar DIFERENÇAS e permitir que cada pessoa construa sua própria história, temos a nossa ok! Mais não temos o direito de trazer histórias de nosso passa
do e introduzi-las em nossas crianças, isso é crime, façamos diferente. ATUALIZEM SEUS MANUAIS .
Sílvia Regina

Integra do texto : Vamos falar de educação

Vamos falar de Educação...
É nítida a mudança de comportamento em sociedade, percebemos que não há mais espaço para comportamentos massificados, não há espaço para uma educação rotulada.
Ao mesmo tempo em que estamos em transformação, somos resistentes a estas, temos internamente conceitos já formados, temos em nós a acomodação típica do ser humano.
F alar em mudança já é difícil, agora imaginem praticar mudanças, significa mexer com tudo que acreditamos ser certo, é mais que isso, é mexer em nossas BASES, seria de uma maneira prática mexer em nossa casa, ou seja, construímos , moramos , colocamos os móveis, estabelecemos regras para seu uso e convívio, e ali ficamos estagnados por uma vida inteira, até mudamos os móveis de lugar, pintamos de cores diferentes, mais não mexemos nas estruturas, nas BASES, ali guardamos passado, vivemos o presente e fazemos planos para o futuro.
A educação que me proponho á falar vai de encontro a esta BASE, pois abrange mais do que nossa casa, vai além de nossos portões. Ela é a desmistificação de nossos conceitos mais simples, e transforma-se em questões mais amplas, é a educação que esta á margem de uma sociedade dita transformadora.
Somos de uma geração onde nossa formação não nos permitia mudanças, somos de uma geração do cuspe e giz, onde o professor era o centro, hoje acredito por experiência que o Construtivismo é uma alternativa clara de transformação educacional, uma educação onde temos a idéia de que nada esta pronta, de que o conhecimento esta sempre em construção, e que o indivíduo deva interagir sempre com o meio físico e social. Entendo com isso que o Construtivismo reúne várias tendências atuais do pensamento educacional.
Sílvia Regina
Deixo aqui uma frase de um dos mais brilhantes questionadores de nosso sistema de ensino:
¨Amar é ter um pássaro pousado no dedo.
Quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que,
a qualquer momento, ele pode voar ¨
Rubem Alves


No mais tudo que me vier á mente , tudo que me indignar ficará registrado de alguma forma .

Histórias e Recordações:

A Formatura:
A vida foi passando e meus anos de faculdade também , foi aí que bateu o desespero, como me formar? Se eu tinha que ter tantas horas de estágio e não tinha mais tempo, horário para tal, só seria possível á noite, plantão, sei lá, mais tinha de existir uma saída, como terminar a faculdade? Caramba !Tanto trabalho, tanto sacrifício e não ia poder concluir minha formação acadêmica, minha faculdade de Psicologia, sem estágio, sem diploma, que impasse.E agora? Agora começa outra história, uma história que hoje no dia 09/09/2008 revi guardada em uma caixa e percebi que precisava escrevê-la, pois viver eu vivi , mais não dividi , precisava tirar este trabalho desta caixa e aqui começa meu momento de passagem... Um trabalho exaustivo , mais muito , muito prazeroso , digo isso hoje , mais no início não foi assim : No meio a turbulência de encontrar um espaço para estagiar me deparei com uma única alternativa que uma amiga da faculdade me falou . Um trabalho que era realizado em uma clínica , onde havia um SERVIÇO DE PSIOLOGIA e que neste serviço existia a hipótese de plantões , pensei eu ,taí minha tábua de salvação ! E era para lá mesmo que eu iria , mais eu tinha um tempo , meu tempo era pouco para ter minha carga horária de estágio, restavam 1 , 2 anos para minha formatura e a carga horária de estágio era grande , mais era o único jeito , ir e ver , ou melhor pagar para ver , mais trabalhar em que ? Plantão onde? Foi quando vim á saber que era um SERVIÇO DE PSICOLOGIA voltado para a área de OBSTETRÍCIA, nossa, neste tempo todo de faculdade nunca tinha ouvido falar nisso,
mais já tinha uma entrevista marcada com a Coordenadora do Trabalho ,que eu sabia se chamava Doutora Eliana Salgado, mais nada, nem do trabalho eu tinha sequer idéia fugia totalmente de tudo o que eu tinha estudado até aquele momento de faculdade, e olha que eu já estava na reta final, perguntava aos professores e eles até conheciam mais não com sabedoria para poder me informar, era na verdade uma inovação dentro da Psicologia na época . Me veio então à idéia de ir a umas livrarias e pesquisar, comprar livros e me informar um pouco sobre o tema, pois chegar nua e crua para minha última esperança de me formar, nem pensar. Pronto! Achei um livro que tenho até hoje da RAQUEL SOIFER (Psicologia da Gravidez, Parto e Puerpério), li em dois dias.
Chegou o dia da entrevista, á noite, o encontro com a tal Doutora, me lembro como se fosse hoje, uma sala de atendimento médico, a Doutora simpática, mais séria atrás de uma mesa enorme, sentada naquelas cadeiras antigas de médico do século XV e eu do outro lado numa cadeira respondendo um monte de perguntas que se eu não tivesse lido o tal livro não daria nem para começo de conversa, pois a mulher era totalmente segura de sua fala e muito precisa em seu discurso, fera mesmo sabe?
E eu , tentando enrolar (a palavra era esta mesmo) ao máximo para poder conseguir
meu objetivo, ganhar o estágio.
Depois de dois dias á resposta: OK! Aceita no estágio, que alívio, mais eu pensando que ia logo pegar no batente para contar minha carga horária, que nada ,tinha que passar por um grupo de estudos de uns seis meses se não me engano para só depois fazer uma avaliação e ir para prática, pensei : Meu Deus, seis meses perdidos e preciosos para mim, mais encarei, era minha última alternativa, fora as provas, trabalhos, seminários , tudo que envolve uma faculdade, e tudo que envolve um trabalho em escola, agora tinha que encarar provas, seminários, e grupo de estudo na clínica, era puxado, mais algo começou a me encantar, não sabia bem o que era ,mais comecei a ver não mais este estágio como última alternativa, mais como algo mais para meu aprendizado. Enfim como todo acadêmico fiz o grupo de estudos, fiz a prova e passei para a prática e comecei enfim a ter contato com o trabalho em si, percebi então que toda teoria realizada anteriormente era exaustivamente colocada em prática e testada 24 horas, como também eu era testada o tempo inteiro minuciosamente, nada do eu fazia na prática não tinha uma referência na teoria, era um elo, era show!

O TRABALHO:

Comecei a gostar daquilo, a amar de paixão aquela inicial aventura que com o tempo foi se tornando parte de minha vida, minha segunda pele, parte da minha casa, era meu trabalho, assim comecei a me senti. Como estagiária comecei a me destacar, acredito eu, pois comecei á pedido da Doutora Eliana a fazer parte do grupo de gestantes particulares que ela assistia , fiquei lisonjeada e óbvio aceitei no ato e assim comecei outro trabalho além da Clínica , que não fazia parte do contexto acadêmico, era um aprendizado a mais , e fui caminhando , começando com os plantões. Comecei com meu primeiro plantão nas quintas feiras, com Doutor Fritz como médico plantonista e Doutora Eliana com Psicóloga e eu como estagiária da Psicologia. Doutora Eliana ali me acompanhando de perto, tudo que eu escrevia nas folhas de atendimento em pré parto, parto e puerpério eram lidos e relidos por ela e devidamente carimbados ,assim foi por um bom tempo, existiam muitas estagiárias, mais minha percepção, meu interesse pelo trabalho foi fazendo com que me destacasse das demais . A Doutora Eliana era danada, era admirável observar seu trabalho, era realmente apaixonante ver sua interação, integração e desenvolvimento com as situações que apareciam, aquilo me encantava, e assim acompanhando todo este meu desenvolvimento ela já me deixava sozinha no plantão de quinta e ficava por conta dos plantões das sextas acompanhando outras estagiárias, eu já estava conquistando meu espaço, já havia por parte da Coordenação certa confiança em meu trabalho e isso me impulsionava á ir mais longe, é claro que ela sempre dava umas incertas no meu plantão para ver se estava tudo bem, e Graças á Deus acho que nunca decepcionei, pois sempre tentei ser muito atenta , quando não sabia , não sabia e ponto, mais quando acreditava em um diagnóstico brigava por ele com unhas e dentes e discutia até por vezes de igual para igual e era briga feia, mais sempre construtiva. Numa bela noite de plantão fui chamada pela Doutora Eliana em sua sala de Psicologia onde funcionava o Serviço de Psicologia e seu consultório, e fui, foi quando me fez a seguinte pergunta: se eu queria á partir daquele momento ser monitora do Serviço de Psicologia e sua acompanhante nos grupos de estudos das futuras estagiárias, ou seja, eu iria ser a responsável pela prática das futuras estagiárias sempre com sua supervisão lógico e sua assistente nos grupos, claro que aceitei na hora, e neste momento além da faculdade, da escola assumi um trabalho noturno e de fins de semanas e durante as madrugadas, pois á mim foi dado um BIP que me deixava ligada 24 horas ao Serviço de Psicologia e as parturientes .

A PARCERIA:

Já estava acompanhando parturientes com supervisão da não mais Dra. Eliana, mais sim ELIANA e prosseguimos com o trabalho, era incessante a sede de aperfeiçoamento tanto de minha parte, quanto da dela, ouve aí uma sintonia, um encontro de duas pessoas que passaram neste momento juntas a desvendar, a vivenciar teorias e práticas, chegávamos à exaustão da busca pela perfeição, sabíamos que perfeição jamais alcançaríamos, mais a busca nos alimentava a querer sempre mais , caminhamos , presenciamos e vivemos muitas coisas que ficarão em nossas memórias que só nos pertencem, momentos únicos e era isso que nos impulsionava a simplicidade dos movimentos, do trabalho, desvinculados á rótulos, todos os momentos eram únicos, todas as parturientes eram únicas, pois únicas eram suas histórias e
únicas eram nossas histórias com elas, muitas passaram por nós, várias assistências pós partos , várias depressões puerperais , situações inusitadas , mais todas ,todas foram únicas , como únicas era nossa entrega naquele momento , e o tempo voa minha formatura e minha vida corrida como sempre , única em uma turma demais ou menos 28 alunos , futuros profissionais já encaminhada e com um BIP embaixo da beca , detalhe se tocasse na hora do juramento , como faria ,tinha minhas barrigudas que poderiam entrar em trabalho de parto á qualquer momento, perfeito, só me restava rezar para que ninguém entrasse em trabalho de parto e dei sorte, Papai do Céu foi generoso neste momento de extrema importância em minha vida.
No dia seguinte á minha formatura, agora já como psicóloga, já estava no batente .
Já pela manhã não tinha mais faculdade, mais tinha consultório, estudo dos casos de plantão, planejamento de palestras, entrevistas com estagiárias, planejamento de workshops etc... á tarde escola e á noite consultório, mais reuniões, discussões por vezes intermináveis e plantões e mais uma novidade não mais seria monitora da prática com estagiárias, pois já havia me formado e fui convidada lá na tal sala da Psicologia que já era minha também, pois já usava para atendimento de minhas clientes, (sempre detestei a palavra paciente) para mais uma surpresa Coordenar junto com a Eliana o Serviço de Psicologia da Clínica São Francisco, se aceitei? Na hora, que honra agora não uma, mais duas dirigiriam este trabalho, perfeito eram duas que pensavam e falavam a mesma língua, chegamos a um grau de cumplicidade profissional que eu olhava e a Eliana falava e vice versa, sem dúvida formamos uma grande equipe, com os profissionais que se propuseram a caminhar conosco ,posso citar muitos: Waldemar, Luiz, Fritz, Fábio, Mauro, Blanco, estagiários de medicina, equipe de auxiliares de enfermagens, manutenção e limpeza, recepção, montamos além de um Serviço de Psicologia, montamos um trabalho institucional de grande qualidade e integração.
Sempre acreditei que teoria e prática devam ser uma única coisa e neste trabalho pude vivenciar esta experiência e dizer que é possível, sinto muita falta desta unidade nos trabalhos que vejo hoje por ai, a teoria é bem distante da prática e isso não é legal, isso torna o trabalho quebrado, faltando peças, mais em toda nossa busca por perfeição nós pecamos em uma coisa, não conseguimos dar a qualidade de destaque que este trabalho merecia, enfim não presenciei sua construção mais o vi crescer, o adotei como um filho e o vi morrer, não por negligência nossa, também por negligência nossa, pois a Clínica em este trabalho estava instalada começou a passar por dificuldades e foi se afundando e com ela tudo que existia dentro, inclusive o Serviço de Psicologia que comparando á um filho que vai crescendo e nós como responsáveis por ele não demos a autorização(LIBERDADE) para que ele fosse alçar vôos maiores, o retemos, como por muitas vezes retemos nossos filhos com medo da perda.

Considerações Finais:

Como diz o Autor Felipe Jullian : ¨ Honrar pai e mãe é quase que
efetivamente virar as costas ¨...e nós não respeitamos neste trabalho os seus momentos de passagens (etapas de crescimentos), como por muitas vezes não respeitamos os momentos de passagem de nossos filhos, e tivemos uma falha ainda maior, criamos um trabalho com cabeça, tronco, membros, coração e alma, mais como não estamos acostumados a lidar com o diferente, somos treinados a lidar com a normalidade esquecemos de um detalhe : nosso trabalho não se movimentava era deficiente, só se movia se amparado e nós não geramos e não demos alternativas de vida para este espaço, não geramos qualidade para seu desenvolvimento externo, não demos á ele aquele TOQUE DE QUALIDADE, não conseguimos torná- lo SEM FRONTEIRAS, criamos SAÚDE E BEM ESTAR dentro de um MAR GREGO limitado,era um trabalho hiperativo que não tinha seu lugar de fato, os filhos fazem sintomas, mais neste caso a transmissão falhou e existiu uma quebra e hoje passado tantos anos ele continua lá limitado a uma caixa fechada.
Hoje passado mais de 20 anos percebo cada dia mais á importância de se autorizar, de deixar crescer, de buscar. Como este trabalho acredito que conhecerei poucos, pois a intensidade, a exaustiva busca, o prazer, a união, o comprometimento , todo este processo, enfim...
Mais tenho a esperança que a lição deste trabalho vai permitir dar continuidade a outros tantos , pois sua essência diria eu ganhou o mundo e mesmo capenga como discursa , tem de caminhar, a história ela se repete, mais numa repetição se pode fazer o novo, é preciso se atrever, aprendi muito com esta experiência, vai ser sempre minha segunda pele, aprendi muito com a mentora de tudo isso, que sonhar é possível . Não é hora de resgatar histórias, é momento de escrever esta história e reinventar, acertando em cima dos erros cometidos, aperfeiçoando mais e mais á cada dia. Eu posso dizer que fui feliz e realizada, passei por esta experiência, passei por este trabalho, hoje ele é um arquivo morto, mais como a Fênix o faço ressurgir das cinzas para mostrar ao mundo que é possível vivenciar e mais, é ter uma história para contar.
Valeu ,esta valendo e continuará valendo sempre ! E para finalizar coloco uma frase do Livro Caçador de Pipas que diz: ¨ POR VOCÊ FARIA MIL VEZES ¨...